A escola é um ambiente pra gente aprender, conhecer pessoas novas e fazer amizades. Mas infelizmente o ambiente escolar também faz parte de traumas na vida das pessoas e pode ser bem preconceituoso. Amanda Rodrigues era uma jovem de 19 anos que teve que lidar com a gordofobia desde sempre em sua vida, e acabou tomando uma decisão bem séria para tentar mudar de vida.
Amanda sempre foi uma jovem gorda e sofreu gordofobia por causa disso. Apesar de inúmeras tentativas de dietas, ela não conseguiu emagrecer e ficou com o corpo bem diferente do resto das outras meninas. Mesmo assim, Amanda se divertia como qualquer outra jovem de 19 anos, mas acabou optando por fazer a cirurgia bariátrica para controlar seu problema com o peso e tentar ter uma vida melhor.
No dia 17 de janeiro, Amanda entrou no hospital com a esperança de sair dali com uma nova vida, mas acabou falecendo no local por conta de uma embolia pulmonar.
A história de Amanda
Sua irmã, Mayara, decidiu então contar o caso nas redes sociais, compartilhando um pouco da história de Amanda. Veja o relato emocionante que já teve quase 100 mil curtidas:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1108073939322107&set=a.182308308565346.38542.100003585357734&type=3&theater
O que fazer se você sofre com a gordofobia?
A psicóloga Paula Villela Granuzzo, especialista em transtornos alimentares, obesidade e cirurgia bariátrica, explica que a pessoa que sofre de gordofobia precisa entender que não há nada de errado com ela mesma. ”O preconceito está no outro, não deixe que o seu olhar sobre você se contamine. O que é seu, suas potencialidades e tudo que faz parte de você é só seu e tem que ter muito valor. Esperar que esse reconhecimento venha do outro é sempre frustrante. O que vemos, pensamos e sentimos a nosso respeito é fundamental para que tenhamos uma vida saudável e feliz!”
Ela completa dizendo que é importante também procurar a ajuda de um profissional. ”Perceber e conseguir identificar quem realmente se importa com você também ajuda a não sofrer com o comportamento preconceituoso das pessoas. Se mesmo assim você perceber que está difícil se desprender do que vem de fora, procure ajuda profissional para compreender suas dificuldades e aprender a se relacionar melhor consigo mesmo. Este aprendizado é fundamental, a autoaceitação”, explica.
O que fazer para ajudar uma vítima da gordofobia?
Se você presenciar um caso de gordofobia na sua escola ou em seu círculo social você também pode ajudar a vítima. ‘‘A melhor forma de confrontar a gordofobia e qualquer tipo de preconceito é não alimentar a violência do outro, e sim trabalhar em prol de viver melhor consigo, com suas potencialidades no meio das pessoas que enxergam você como realmente é, lindo, verdadeiro, um ser humano que pode tudo basta desejar”, conta Paula. Além disso, é importante dar apoio à vítima. ”Também existem profissionais especializados neste tipo de situação, como por exemplo em exposições demasiadas nas redes sociais. Procurar a ajuda destes é importantíssimo pois você estará se protegendo de forma legal, denunciando a ação da gordofobia ás leis competentes”, completa a psicóloga.
O caso da Amanda é um alerta para todo mundo de que a gordofobia mata sim e que deve ser combatida diariamente. Afinal, nós somos todos diferentes e temos corpos diferentes, mas isso não significa que ninguém é melhor que o outro só por causa de um corpo, né?
Consultoria: Paula Villela Granuzzo, psicóloga especializada em transtornos alimentares, obesidade e cirurgia bariátrica
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